
Constelaciones en movimiento. Los académicos somos simples constelaciones, mapas, fluyendo en el universo para guiar el viaje personal de los alumnos
Mariana Zyanya Mejía Ascencio
¿En qué contexto desarrollas tu experiencia?
Trabajo en el aula, mis clases son fundamentalmente teórico y filosóficas. A veces podría pensar que poéticas, pero siempre soy estricta en las normas formativas. Me refiero al uso de teléfonos, a la puntualidad, a la entrega de trabajos y a la lectura de material teórico. También soy estricta en la atención en clase, empiezo 15 minutos más tarde para que hagan lo que necesitan antes de iniciar la clase, y termino en punto de la hora de clase. En clase no pueden comer, ir al baño, hablar por teléfono, sacar las computadoras, ni platicar entre ellos; las dudas deben formularse en voz alta. Si tienen alguna duda deben levantar lamano y expresarla en público, todos aprendemos de todos, porque estoy convencida que un salón funciona como una comunidad. Todos somos maestros potenciales y discípulos en el camino, pero para lograr eso, tienen que aprender a escucharse entre ellos. Al principio es difícil porque le temen las reglas, pero a medida que avanza el semestre aprenden a participar, a levantar la mano y a escuchar a sus compañeros. Mis alumnos son seres en tránsito, umbrales entre la familia y la vida, seres que caminan, con un pie en la infancia y otro en la adultez. Como profesores nos toca guiarlos hacia la adultez y ayudarlos a perdonar la salida de casa. Tanto los alumnos de Comunicación, como los de ARU están ávidos de saberes; los profesores somos mapas para los alumnos, deberíamos tener más consciencia de esa responsabilidad y de conocimiento de sí mismos; en el aula los profesores sólo podemos empujarlos a florecer, no esperar convertirlos en una flor específica que el sistema demanda. Estoy convencida que cada alumno es una flor de color y aroma único, no puedo imaginarme el jardín que es el planeta sin alguna de sus flores, tampoco imagino las flores como individuos aislados, sino como parte de un ramaje y de un jardín. De ahí, que gran parte de mis clases se dediquen a revelar las estructuras invisibles del sistema, las culturas, las económicas y las religiosas. Me interesa que tomen consciencia del privilegio de ser universitario joven en México, más aún me interesa transmitirles que todo privilegio social implica una obligación social y que parte de la plenitud de la existencia está en los demás, en entregarse, en dar. Sí somos humanos y estamos llenos de miserias, pero también somos bellos en nuestras contradicciones. La ambigüedad es humana. Por último, me gusta explicarles que todo acto en la vida tiene un costo; que cada elección libre es una responsabilidad, y que cada derecho es una obligación. En cuanto a mis materias hablo del mundo y sus conflictos culturales, hablo de los diferentes discursos que componen las culturas, cosmologías que crecen, se tambalean, se desarrollan, se vuelven a tambalear y mueren y hablo de lo humano que fluye y trasciende, de lo que no cambia en los seres independientemente de las cosmologías a través del tiempo: mito, religión y sociedad. Amo mi oficio en las aulas y no le temo a la vida, por eso insisto constantemente en salir de las burbujas familiares, culturales e ir por el mundo y vivir.
ME INTERESA QUE TOMEN CONSCIENCIA DEL PRIVILEGIO DE SER UNIVERSITARIO JOVEN EN MéXICO, MáS AúN ME INTERESA TRANSMITIRLES QUE TODO PRIVILEGIO SOCIAL IMPLICA UNA OBLIGACIóN SOCIAL Y QUE PARTE DE LA PLENITUD DE LA EXISTENCIA ESTá EN LOS DEMáS, EN ENTREGARSE, EN DAR.
"Docente"
¿En qué consiste la experiencia docente que quieres compartir?
S o y m u y e s t r i c t a , e x i j o a m i s e s t u d i a n t e s u n c o m p o r t a m i e n t o u n i v e r s i t a r i o , e s d e c i r , e n t r e g a r s e a l e s t u d i o , h a c e r l o c o n p l a c e r y d e d i c a c i ó n . E n t é r m i n o s p r á c t i c o s p i d o : l e c t u r a s , u n a p o r s e m a n a ; c o n t r o l e s b r e v e s d e e s a s l e c t u r a s e n c l a s e , r e p o r t e s d e l a e n t r e v i s t a d e v i d a ( u n a p o r s e m a n a ) y t r a b a j o s e n g r u p o . P o r ú l t i m o , l e s p i d o v e r p e l í c u l a s o d o c u m e n t a l e s r e l a c i o n a d o s c o n l o s t e m a s , v i d e o s d e c o n f e r e n c i a s d e f i l ó s o f o s o p e n s a d o r e s , i r a l m u s e o e i n c l u s o a l t e a t r o . U n a c a l i f i c a c i ó n d e 1 0 s i g n i f i c a i m p e c a b i l i d a d e n l o a c a d é m i c o : e n t r e g a s e n t i e m p o y f o r m a , p a r t i c i p a c i ó n , p r e s e n c i a . L e s e x p l i c o , d e s d e e l p r i m e r d í a q u e d o y l a s r e g l a s d e c o n v i v e n c i a , q u e u n o d e l o s p r o b l e m a s s o c i a l e s q u e n o s e s t á c a r c o m i e n d o c o m o s o c i e d a d e s l a i m p u n i d a d . Q u e l a i m p u n i d a d n o s ó l o s e v e e n l a s c o s a s g r a n d e s s i n o , s o b r e t o d o , e n l a s p e q u e ñ a s y c o t i d i a n a s , d i r í a W a l t e r B e n j a m í n . P o r e s o , f a l t a r a c l a s e , a ú n c o n j u s t i f i c a c i ó n m é d i c a , i m p l i c a u n c o s t o ; n o l e e r l a s l e c t u r a s s e ñ a l a d a s e n e l t e m a r i o t a m b i é n , y n o t r a e r p l u m a y p a p e l , p o r m á s i n s i g n i f i c a n t e q u e l e s p a r e z c a , t a m b i é n t i e n e c o s t o T a m b i é n e x i j o n o r m a s d e c i v i l i d a d m u y e s p e c í f i c a s : l l e g a r a t i e m p o , n o u s a r t e c n o l o g í a e n c l a s e ( c o m p u t a d o r a s , t a b l e t a s , t e l é f o n o s c e l u l a r e s ) , n o c o m e r o b e b e r d e n t r o d e l a u l a d u r a n t e l a s e s i ó n y n o i r a l b a ñ o . L a s e s i ó n i n i c i a 1 5 m i n u t o s d e s p u é s d e l a h o r a p a r a q u e p u e d a n i r a l b a ñ o , h a c e r l a s l l a m a d a s p e r t i n e n t e s o t o m a r s e u n c a f é . P e r o l a m a y o r e x i g e n c i a e n m i s c l a s e s , a v e c e s d o l o r o s a , e s p e d i r l e s q u e s e c o n o z c a n a s í m i s m o s , q u e a n a l i c e n d e d o n d e v i e n e n . E l s ó l o h e c h o d e s e r u n i v e r s i t a r i o s p e r t e n e c e n a l 1 0 % d e l a p o b l a c i ó n m u n d i a l q u e a s i s t e a l a u n i v e r s i d a d , s i a e l l o l e s u m a m o s q u e e s t á n e n u n a u n i v e r s i d a d p r i v a d a e n M é x i c o , e l p r i v i l e g i o a u m e n t a . Y a u n q u e n o m e l o c r e a n , y l a r e a l i d a d p a r e z c a d e c i r l o c o n t r a r i o , a m a y o r e s p r i v i l e g i o s m a y o r e s r e s p o n s a b i l i d a d e s . L e s r e c u e r d o q u e n o e s m é r i t o , n i c u l p a n a c e r d o n d e s e n a c e , e s a z a r ; y q u e l o s s e r e s h u m a n o s s o n y s e f o r j a n a t r a v é s d e s u s h e c h o s y n o d e s u n a c i m i e n t o . E n r i q u e z c o c a d a c a s o c o n e j e m p l o s e t i m o l ó g i c o s , p o r e j e m p l o , l e s e x p l i c o q u e " l a p a l a b r a f o r j a r , c o m o l a d e t e m p l a n z a , p r o v i e n e d e l a é p o c a d e l o s m e t a l e s , d e c u a n d o l o s h e r r e r o s d e s c u b r i e r o n q u e l o s m e t a l e s s e f l e x i b i l i z a b a n y e n d u r e c í a n a f u e g o , g o l p e y a g u a y q u e e s a c u a l i d a d d e l o s m e t a l e s , y s u f o r j a , s e l a a d j u d i c a m o s a l s e r h u m a n o c o m o s í m b o l o e x i s t e n c i a l . E l m é t o d o e s s i m p l e y c o n s i s t e e n u n v a i v é n e n t r e l o s o c i a l y l o h u m a n o ; e n t r e l o s t e m a s p o l í t i c o s y l a s s i t u a c i o n e s f a m i l i a r e s ; e n t r e l a s t e o r í a s , s i e m p r e g r i s e s , y e l v e r d e f o l l a j e d e l a r e a l i d a d .
PUDE ENTENDER EL CONTEXTO EN QUE VIVIMOS, Y NOS HIZO POR UN MOMENTO SALIR DE NUESTRA ZONA DE CONFORT Y ENTRAR EN UN MUNDO COMPLETAMENTE DISTINTO
"Estudiante"
¿Cuáles son los resultados alcanzados por tus estudiantes a partir de tu experiencia?
Mis alumnos salen manejando un cierto de número de teorías útiles para analizar la sociedad, la política, la cultura y su campo laboral. Con ellas pueden empezar a conocerse a sí mismos. Las teorías son provechosas durante toda la carrera y para el análisis de situaciones laborales o sociales futuras. Les comparto que tanto las teorías, como la herramienta de investigación llamada "La entrevista" son espejos para conocernos mejor, no verdades absolutas. Sin embargo, lo que más enseño es la recompensa al trabajo constante. Mis alumnos hacen un reporte semanal de lectura y, en algunos casos, una entrega semanal de investigación; con la entrega semanal se percatan que cualquier montaña se sube con esfuerzo cotidiano. Eso les permite creer en sí mismos y en sus potencialidades. Estoy convencida que el mundo es de los esforzados y ese aprendizaje se lo llevan los alumnos que han transitado por mis clases.
EXIGE RESPETAR EL AULA, LA ENSEñANZA, A SUS COMPAñEROS, A SUS PROFESORES Y A LA INSTITUCIóN. ES DECIR, IMPLICA ESTAR PRESENTE EN EL ESPACIO, RESPETAR EL CONOCIMIENTO COMO ALGO úTIL Y PROVECHOSO A PESAR DE SU APARENTE INVISIBILIDAD, Y REQUIERE CALLAR Y ESCUCHAR AL OTRO, AL COMPAñERO QUE HABLA.
"Docente"
¿Cuáles son los logros y nuevos retos que te plantea la reflexión sobre tu experiencia docente significativa?
Existen varias inercias sociales que se reflejan en el ámbito universitario. La primera es la inercia relacionada con la ley del menor esfuerzo. Si bien es común en todas las personas de esta época, en los jóvenes es aún más evidente pues se mezcla con la necesidad de la inmediatez que otorgan las redes sociales. Estoy convencida que la universidad es el lugar idóneo para crear hábitos relacionados con la disciplina, con la idea de procesos recompensados, con formaciones integrales. A esta primera inercia hay que sumarle una segunda inercia no menos dañina, y es la de adquirir derechos sin obligaciones. No se pueden ejercer los derechos sin cultivar sus respectivas obligaciones. Si seguimos en la lógica de clientes en vez de estudiantes, terminaremos creando monstruos incapaces de florecer, de exigirse a sí mismos, pues estarán alimentando la idea de víctimas. No dejo de pensar en un fenómeno histórico, las sociedades en auge son estrictas con la educación y formación de sus jóvenes, en cambio las sociedades en decadencia son laxas con la educación de sus jóvenes; pienso, por ejemplo, en la decadencia de Roma que no sólo se vislumbraba en el comportamiento de sus césares, sino en la formación exigida a los jóvenes patricios.
¿Qué elementos de tu experiencia podrían ser replicables o transferibles en otros contextos (asignaturas, programas académicos)?
Creo en la disciplina y la ejerzo. Sin embargo, la disciplina no puede darse en un contexto de laxitud y permisividad. La disciplina exige reglas y obligaciones en todos los niveles, alumno, profesor, universidad. Exige, como el pago a Caronte, un costo por cada elección, por cada falta (dos puntos menos en la entrega) aún con justificante médica la institución. Es decir, implica estar presente en el espacio, respetar el conocimiento como algo útil y provechoso a pesar de su aparente invisibilidad, y requiere callar y escuchar al otro, al compañero que habla. A cambio de mi rigurosidad, yo prometo enseñarles lo que sé, pues amo mi trabajo y nadie se convierte en profesor por el dinero o la fama, generalmente es por amor al conocimiento y al saber.
Desde tu expertise docente, ¿Qué podrías compartir con otros profesores para la mejora de sus prácticas?
Me parece que tanto la historia con la herramienta historiográfica, como la literatura con su análisis de discursos nos enseñan que los discursos se convierten en cosmologías (con dioses, oficios y valores), que las cosmologías son cambiantes y pueden crearse. Una nueva cosmología de la práctica docente puede transformar la práctica. Para ello, habría que insistir en la necesidad de derechos y obligaciones tanto para los alumnos como para los docentes, e incluso para las instituciones universitarias. Es decir, que se puede crear desde el ámbito universitario, no sólo desde la cátedra, una nueva ética tanto para alumnos como para docentes. Un nuevo discurso donde aprender y conocerse a sí mismo sea algo importante para la vida y la existencia.
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